Prevenção e Tratamento
Fatores de risco são situações que podemos encontrar em determinados grupos de pacientes e representam uma maior probabilidade de evolução para desfechos clinicamente relevantes. Quando falamos de desfechos em cardiologia citamos com maior ênfase o Infarto Agudo do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral. No entanto, alguns fatores aumentam o risco para diferentes doenças ou grupos de doenças. Temos como exemplo a obesidade e o tabagismo. Não é raro atribuirmos a estes fatores de risco uma maior probabilidade do aumento da incidência das chamadas DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) tais como: câncer, doenças pulmonares crônicas, hipertensão arterial sistêmica, cardiopatia isquêmica (obstrução das artérias coronárias), doença cerebrovascular (alterações nas artérias cerebrais).
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo: mais pessoas morrem anualmente por essas enfermidades do que por qualquer outra causa. Estima-se que 17,7 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares em 2015, representando 31% de todas as mortes em nível global. Desses óbitos, estima-se que 7,4 milhões ocorrem devido às doenças cardiovasculares e 6,7 milhões devido a Acidentes Vasculares Cerebrais. Das 17 milhões de mortes prematuras (pessoas com menos de 70 anos) por doenças crônicas não transmissíveis, 37% são causadas por doenças cardiovasculares.
A maioria das doenças pode ser prevenida por meio da abordagem de fatores risco. Objetivamos não somente focar o interesse na prevenção cardiovascular e sim na prevenção global do paciente, tendo como objetivo reduzir o risco para diferentes doenças através de uma abordagem que contemple os fatores mais comuns.
Os fatores de risco para o desenvolvimento das DCNT podem ser classificados como “modificáveis” ou “não modificáveis”. Entre os fatores modificáveis estão incluídos: a obesidade o diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, o colesterol alto, a ingestão de álcool em grandes quantidades, o tabagismo, o sedentarismo e o estresse.
Os fatores não modificáveis, por sua vez, incluem a herança genética, o sexo, a etnia e a idade. Este último é sem dúvida o mais importante, considerando a relação direta entre o envelhecimento e o aumento no risco de desenvolver de doenças crônicas.
Abordar todos estes fatores em conjunto ajuda a definir prioridades e intervenções a partir de uma judiciosa avaliação risco e benefício sempre de forma individualizada.
As principais intervenções são:
Controle regular da pressão arterial;
Medida periódica dos valores do colesterol e triglicerídeos;
Identificar padrões alimentares de risco e orientar sua adequação e avaliação nutricional adequada;
Medidas antitabagismo;
Controle do sedentarismo e planejamento de atividade física de acordo com avaliação cardiovascular;
Controle do Diabete;
Controle da Obesidade;
Vacinas em grupos especiais;
Ter conhecimento é essencial para a obtenção de uma vida longeva e com maior qualidade.