• CRM 28811|CARDIOLOGIA - RQE Nº: 22740|CLÍNICA MÉDICA - RQE Nº: 23647|MEDICINA INTENSIVA - RQE Nº: 34653
    logologologologo
    • HOME
    • SOBRE
    • ESPECIALIDADES
    • NOTÍCIAS E ORIENTAÇÕES
    • ATENDIMENTO
    ✕
    NÃO TENHO SINTOMAS. POR QUAL MOTIVO DEVO CONSULTAR REGULARMENTE UM CARDIOLOGISTA?
    29/08/2020
    BEBIDAS ENERGÉTICAS E RISCO CARDIOVASCULAR.
    27/12/2020

    HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA.

    A HAS é um dos fatores de risco mais importantes para as doenças cardiovasculares

    O que você deve saber.

    A Hipertensão arterial Sistêmica (aqui frequentemente chamarei como HAS) é uma desordem funcional da  circulação  arterial ainda  de origem incerta porém determinada por diversos fatores  entre eles:  genéticos/hereditários, comportamentais ou ambientais (ingestão de sódio e retenção de líquidos em excesso), sedentarismo,  obesidade, hormonais ou determinadas pelo funcionamento do sistema nervoso central.

    Resumindo: estes  fatores influenciam a sobrecarga da circulação nas artérias e irão causar uma série de reações de adaptação (pela agressão) em seus órgãos.  Chamamos de órgãos-alvo aqueles que sofrem os efeitos da pressão arterial e podem indicar maior risco ao paciente.

    Quais são os órgãos-alvo da HAS?

    Coração, artérias, cérebro, retina e rins

    E na prática o que pode acontecer?

    Com o passar do tempo de instalação da pressão arterial e dependendo dos seus níveis essas alterações podem ser vistas em alguns exames e encontram-se denominadas abaixo:

    • Coração: Hipertrofia  do ventrículo esquerdo;
    • Olhos: Retinopatia hipertensiva;
    • Rins: Nefropatia hipertensiva;
    • Cérebro: Encefalopatia hipertensiva;
    • Artérias: Obstruções por aterosclerose (por exemplo:  carótidas e artérias dos membros inferiores) ;

    Qual o risco que estas alterações podem indicar?

    Estas alterações quando encontradas  indicam um risco maior de:

    • Infarto Agudo do Miocárdio;
    • Acidente vascular Cerebral;
    • Doença arterial Periférica e falta de circulação nos membros inferiores;
    • Doença renal – perda de função dos rins e necessidade de hemodiálise;
    • Doenças da  retina e comprometimento da acuidade visual;

    Tenho como estimar este risco?

    Sim. E  dependendo destes  fatores relacionados aos níveis de pressão arterial quando associados aos outros fatores de risco clássicos que já destacamos por aqui (obesidade, tabagismo, diabete…) podemos classificar a chance destes problemas descritos acima (que são muito sérios) ocorrerem através de ferramentas específicas para cada indivíduo e geralmente em um período de 10 anos como: baixo, moderado, alto e muito alto;

    E no que isso ajuda ?

    Isto ajuda o médico a guiar a sua intervenção, escolher medicamentos ou combinações de medicamentos adequadas e a estabelecer metas. Quanto maior o risco de um paciente mais rígidas devem ser as medidas para se normalizar as medidas do colesterol LDL, pressão arterial, correção do Diabete e estilo de vida. Além disto, quanto maior o risco, mais rapidamente estas estratégias devem ser adotadas.

    Viram que falando de pressão arterial voltamos a falar sobre outros fatores de risco que devem ser enfatizados quando encontrados? É por que o paciente deve ser abordado globalmente – e por isso ao falarmos em avaliação cardiovascular utilizamos o termo “avaliação de risco global”.

    Como deve ser a abordagem do paciente hipertenso ?

    O ideal é não falar em tratamento, pois o mesmo tem conotação de início e término e infelizmente isto não existe nas doenças crônicas. O correto é falarmos em controle. Realizado o diagnóstico de HAS teremos uma alteração que deverá ser controlada para a vida inteira. Ao falarmos em controle colocamos também o foco na modificação de hábitos e estilo de vida: uma dieta saudável sem alimentação rica em gorduras, sódio e alimentos processados, atividade física, controle da obesidade, atividade física, combate ao diabete e colesterol e abandono do tabagismo.

    Como falamos anteriormente, diversos fatores  são responsáveis pela hipertensão. Como não sabemos a causa não temos um tratamento específico, mas guiamos o tratamento para cada um dos fatores que contribuem em sua manutenção:

    • Retenção hidrossalina (sobrecarga de líquidos e sódio): diuréticos (por exemplo: hidroclorotiazida, furosemida);
    • Hormonal:  Inibidores da Enzima de  Conversão da Angiotensina (IECA) e bloqueadores dos receptores de angiotensina (por exemplo: enalapril, losartana);
    • Mecanismos neurológicos centrais: clonidina;
    • Vasodilatadores diretos: hidralazina;
    • Contratilidade e frequência do coração: betabloqueadores (atenolol, bisoprolol, carvedilol), e inibidores dos canais de cálcio (por exemplo, verapamil, diltiazem).

    Existe algum medicamento melhor que outro?

    Em geral, como já determinado em muitos estudos sobre o tema, costumo comentar que: “O melhor tratamento para a HAS é aquele que faz a sua pressão baixar”. 

    Uma outra regra é que dependendo de outras doenças ou problemas de saúde não cardíacos do paciente podemos usar medicamentos específicos como por exemplo:

    • HAS e angina: betabloqueadores pois aliviam a dor no peito por causa da falta de circulação no coração (isquemia);
    • HAS e Diabete: Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina  pois diminuem a queda da função do rim  nos pacientes que possuem Diabetes;
    • HAS e arritmias: betabloqueadores ou inibidores de canais de cálcio (atenolol, verapamil, respectivamente) pois reduzem a frequência dos  batimentos cardíacos;

    Quantas medicações podemos  usar para controlar a pressão arterial?

    • Existe uma lógica que diz que, como não sabemos qual o mecanismo principal que está por trás da manutenção da HAS em nosso paciente, os estudos indicam que é  melhor adotarmos uma estratégia chamada “The faster, the better” (quanto mais rápido melhor) com medicações combinadas, ou seja, quanto mais rápido ajustarmos os níveis de pressão arterial e os outros fatores de risco e voltarmos a um padrão aceitável de risco para nosso paciente será melhor. Então  devemos iniciar geralmente com uma combinação de medicações, que geralmente inclui um diurético.

    E por quê?

    Por que é melhor usarmos mais  medicações que atuam em mecanismos diferentes da pressão arterial e em doses menores do que apenas uma medicação em doses crescentes e que atuam em um só mecanismo. Isso aumenta a chance de acertarmos no tratamento e de diminuirmos os efeitos colaterais, você não acha?

    Como devemos seguir com o tratamento?

    Somente poderemos saber se o tratamento está fazendo efeito se for utilizado regularmente em algumas  semanas, mantendo-se o mesmo horário e não esquecendo das tomadas diárias. Lembre-se que sentir-se bem e à vontade com a medicação não é a meta que procuramos no seu controle, portanto, não adianta interromper o tratamento por sentir-se bem ou sem sintomas. A pressão arterial é silenciosa e você pode  ter níveis altíssimos mesmo sentindo-se bem – acredite.

    Qual a meta ?

    A meta  está baseada na correção dos níveis de pressão indicados individualmente para você em medidas realizadas com técnica adequada no consultório;

    Muito cuidado em realizar medidas aleatórias em casa, na farmácia, em casa, em um aparelho de um amigo ou quando está com algum sintoma. Não é assim que fazemos para ver se a pressão está controlada;

    Somente podemos nos basear em controles da pressão arterial se a mesma for realizada em ambiente controlado e seguindo recomendações específicas;

    Algumas vezes solicitamos medidas fora do consultório como a MAPA (medida ambulatorial da pressão arterial) e MRPA (medida  residencial da pressão arterial) – veremos estes assuntos em outro tópico.

    Certamente abriremos a partir deste post mais dúvidas que serão esclarecidas. Então fique atento a estas e mais sugestões para controlarmos a HAS e obtermos mais saúde cardiovascular e qualidade de vida.

    Compartilhar

    Artigos Relacionados

    A HAS é um dos fatores de risco mais importantes para as doenças cardiovasculares

    27/06/2023

    ANTICOAGULANTES CUMARÍNICOS – VARFARINA SÓDICA


    Acessar
    03/03/2023

    A PRIMEIRA CONSULTA


    Acessar
    22/05/2022

    ANTICOAGULANTES ORAIS – PARA QUE ESTÃO INDICADOS?


    Acessar
    Logotipo Humberto Vaz
    Facebook Instagram

    CONTATO

    (51) 9 8351.0066
    (51) 3230.3600
    contato@

    LINKS DO SITE

    • HOME
    • NOTÍCIAS E ORIENTAÇÕES
    • SOBRE
    • ATENDIMENTO
    • ESPECIALIDADES
    © Copyright 2020 - Humberto Vaz - Todos os direitos reservados.